Clara, a Macaca de Coração da Ponte Preta FC: Uma Jornada de Paixão, Trabalho e Sonhos








Conheça Clara Menezes, uma jovem de 28 anos, natural de Campinas, São Paulo, cuja vida é uma vibrante mistura de dedicação profissional, amor incondicional pela Associação Atlética Ponte Preta e sonhos de um futuro brilhante. Como muitas brasileiras de sua geração, Clara enfrentou dificuldades financeiras, lutou por uma carreira estável e mantém acesa sua paixão pelo futebol, especialmente pelo clube conhecido como “Macaca”. Esta é a história dela, uma narrativa que reflete a realidade de tantas mulheres que equilibram trabalho, estudos e paixões pessoais.
Quem é Clara Menezes?
Clara nasceu em 1997, no bairro São Bernardo, em Campinas, uma cidade marcada pela rivalidade futebolística entre Ponte Preta e Guarani. Filha de um mecânico e uma costureira, ela cresceu em um lar humilde, onde aprendeu o valor da perseverança. Desde pequena, acompanhava o tio, um pontepretano fanático, aos jogos no Estádio Moisés Lucarelli, conhecido como “Majestoso”. A Ponte Preta, fundada em 1900 e reconhecida como o segundo clube mais antigo do Brasil ainda em atividade, é mais do que um time para Clara — é um símbolo de resistência e identidade.
Hoje, Clara trabalha como analista financeira em uma empresa nacional de logística, sob o regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), uma conquista significativa após anos de desafios. Sua trajetória é marcada por obstáculos financeiros, esforço nos estudos e uma paixão ardente pela Macaca, que a conecta à sua cidade e à sua história.
A Jornada Profissional: Conquistando um Bom Emprego
Clara sempre teve afinidade com números e organização, o que a levou a escolher a área de Finanças. Após concluir o ensino médio em uma escola pública, ela enfrentou o desafio de acessar o ensino superior sem recursos para uma universidade particular. Para custear os estudos, trabalhou como recepcionista em uma academia enquanto fazia um curso técnico em contabilidade. As dificuldades financeiras eram constantes — o salário mal cobria transporte e alimentação, e os estudos exigiam noites em claro.
Com determinação, Clara conseguiu uma bolsa parcial em uma universidade privada para cursar Ciências Contábeis, formando-se em 2020. Durante a graduação, enfrentou um mercado de trabalho competitivo, com estágios que ofereciam baixa remuneração e alta pressão. “Eu enviava dezenas de currículos por semana, mas sempre ouvia que precisava de mais experiência. Era desanimador”, conta. A pandemia de 2020 agravou a situação, com cortes de vagas e incertezas econômicas. Segundo o IBGE, cerca de 60% dos jovens brasileiros entre 18 e 29 anos enfrentam instabilidade financeira, uma realidade que Clara vivenciou intensamente.
O ponto de virada veio em 2021, quando ela foi contratada como assistente financeira em uma empresa nacional de logística. Após dois anos de dedicação, foi promovida a analista, um cargo que oferece estabilidade, benefícios como plano de saúde e vale-transporte, e a chance de crescer profissionalmente. Clara continua investindo em sua formação, com cursos de curta duração em análise de dados financeiros e gestão de riscos, para se manter competitiva em um mercado em constante evolução.
Desafios Financeiros e a Realidade Brasileira
A trajetória de Clara reflete os desafios enfrentados por muitos jovens no Brasil. Durante a faculdade, ela dividia um apartamento pequeno com uma colega e contava cada real para pagar aluguel e contas. “Teve mês que eu escolhia entre comprar material de estudo ou pagar o gás”, lembra. A pressão financeira também impactou sua saúde mental, especialmente em 2020, quando perdeu um estágio devido à crise econômica causada pela pandemia.
Para complementar a renda, Clara começou a fazer trabalhos freelancers, como organização de planilhas financeiras para pequenos negócios. Esses trabalhos foram cruciais para pagar as contas e ganhar experiência, mas exigiam jornadas exaustivas. Hoje, com um salário CLT, Clara planeja o futuro com mais segurança, destinando parte da renda para uma poupança e para ajudar os pais com despesas domésticas.
Paixão pela Ponte Preta FC: O Coração Alvinegro
Para Clara, a Ponte Preta é uma extensão de sua identidade. Ela faz parte da torcida organizada Torcida Uniformizada Camisa 10, que reúne pontepretanos apaixonados. Nos dias de jogo, Clara veste a camisa branca e preta, canta o hino do clube e vibra no Estádio Moisés Lucarelli ou pela TV. Sua paixão foi forjada nas histórias do tio sobre a fundação do clube em 1900, quando a Ponte Preta foi um dos primeiros times brasileiros a incluir jogadores negros, desafiando preconceitos da época.
O rebaixamento da Ponte Preta para a Série C em anos recentes foi um momento difícil. “Foi como perder um pedaço de mim. Mas a Macaca é sobre lutar, e eu nunca desisti dela”, diz Clara. Em 2024, ela celebrou a ascensão do clube à Série B, acompanhando jogos e participando de eventos da torcida. Clara também apoia o futebol feminino, torcendo para que a Ponte Preta invista mais em um time competitivo, inspirada pelo crescimento do esporte entre mulheres no Brasil, como destacado pela UNESCO.
A rivalidade com o Guarani, conhecida como Derby Campineiro, é um capítulo à parte. Apesar de sua paixão pela Ponte Preta, Clara reconhece o respeito pela história do rival, mas não perde a chance de provocar os amigos bugrinos. “No dérbi, é coração na ponta da chuteira. Mas fora do campo, a gente se diverte juntos”, brinca.
Sonhos de Crescimento
Clara tem grandes ambições. Profissionalmente, ela sonha em se tornar gerente financeira ou abrir uma consultoria de planejamento financeiro. Para isso, planeja iniciar uma pós-graduação em Finanças Corporativas em 2026, sabendo que precisará equilibrar trabalho e estudos. Pessoalmente, ela deseja viajar para assistir a um jogo da Ponte Preta em uma competição internacional, como a Copa Sul-Americana, e sonha em visitar o estádio de um grande clube europeu. Clara também quer retribuir à comunidade de Campinas, participando de projetos sociais que promovam o esporte para jovens carentes, inspirada por iniciativas que empoderam meninas através do futebol.
FAQ: Conhecendo Clara Menezes
1. Como Clara se tornou torcedora da Ponte Preta FC?
Clara herdou a paixão do tio, que a levava ao Moisés Lucarelli desde pequena. As histórias da fundação do clube e sua luta por inclusão a marcaram profundamente.
2. Quais foram os maiores desafios na carreira de Clara?
A falta de recursos para os estudos, a dificuldade de entrar no mercado de trabalho sem experiência e a instabilidade de estágios durante a pandemia foram os principais obstáculos.
3. Como Clara lidou com as dificuldades financeiras?
Ela trabalhou em empregos de meio período, fez freelances e planejou cuidadosamente suas finanças, priorizando gastos essenciais e economizando para investir em sua formação.
4. Qual é o momento mais marcante de Clara como torcedora?
A volta da Ponte Preta à Série B em 2024, no Moisés Lucarelli, foi inesquecível. Clara estava na arquibancada, vibrando com a torcida, e descreve o momento como “puro êxtase”.
5. Quais são os planos de Clara para o futuro?
Ela quer crescer na carreira financeira, fazer uma pós-graduação e viajar para ver a Ponte Preta jogar fora do Brasil. Também deseja apoiar projetos sociais em Campinas.
6. Como Clara equilibra trabalho, estudos e paixão pelo futebol?
Com organização, ela reserva finais de semana para os jogos da Ponte Preta e usa as noites para estudar ou fazer cursos. O futebol é sua forma de relaxar e se conectar com suas raízes.
Conclusão
A história de Clara Menezes é um reflexo da resiliência de tantas mulheres brasileiras que enfrentam dificuldades financeiras, lutam por espaço no mercado de trabalho e mantêm viva sua paixão pelo futebol. Como torcedora da Ponte Preta, ela carrega o orgulho de um clube que desafiou barreiras históricas e representa a essência de Campinas. Seja no escritório, na arquibancada ou planejando o futuro, Clara é uma inspiração para quem acredita que, com dedicação e amor, é possível transformar desafios em conquistas.
Links Relacionados
História da Ponte Preta FC – Conheça mais sobre o clube que é o coração de Clara.